Os representantes dos bancários e do Santander concluíram no dia 14 de setembro, a negociação para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho específico do Santander à Convenção Coletiva de Trabalho. E nesta quinta-feira (22), acontece de forma virtual a assembleia para deliberar a aprovação. Entenda melhor os pontos positivos e negativos da negociação.
Pontos positivos
Extensão do período de amamentação de nove para 12 meses, podendo ser usufruído pelo pai ou pela mãe;
Manutenção do pagamento de PLR e Programa Próprio Sem compensação de um pelo outro, como pretendia o banco;
Inclusão de uma cláusula de repúdio à violência contra a mulher onde o banco se compromete em apoiar as bancárias vítimas de violência;
Termo de relações laborais para prevenir e coibir o assédio moral e sexual;
Reajuste do valor das bolsas de graduação e pós graduação pelo INPC em 2023 e 2024;
Validade do acordo 1º de setembro de 2022 a 31 de agosto de 2024;
PPRS reajustado em 2022 em 8% que será pago em Fevereiro de 2023 em parcela única no valor de R$ 3.355,73;
Para 2024, será pago o valor reajustado pelo INPC do período, mais 0,5%;
Estão mantidas as faixas de renda do PPRS o banco queria subir de 13% para 16%; de 13% a 23% para 16% a 26%; e acima de 23% para 26%.
Ponto negativo
O banco se manteve irredutível e não aceitou a renovação dos termos de compromisso do Banesprev e da Cabesp, o que sinaliza uma postura de indisposição ao diálogo.
O movimento sindical permanecerá e fortalecerá a luta na defesa da Cabesp e do Banesprev.
O acordo apresenta cláusulas sociais e econômicas importantes para os funcionários. A principal vitória deste ano foi retirar a proposta de não compensação dos programas próprios na PLR que, na prática, resultaria em um valor menor pago a título de participação nos lucros. Por outro lado há pontos muitos importantes que não foram atendidos pelo banco, como por exemplo sobre a terceirização e sobre os compromissos de diálogo relacionados ao Banesprev e a Cabesp. Daremos continuidade a estas lutas e reivindicações frente ao banco. Para isto é fundamental a participação dos trabalhadores.
Lucimara Malaquias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander
Com informações do SEEB SP