
Na semana passada, o Sindicato dos Bancários de Bragança Paulista e Região divulgou uma nota oficial dos Conselheiros Eleitos do Instituto Economus, cobrando do Banco do Brasil a apresentação de uma proposta que permita aos trabalhadores oriundos dos bancos incorporados a possibilidade de migração para os planos de previdência da Previ e para o plano de saúde da Cassi — ambos utilizados atualmente pelos funcionários do BB.
Em 30 de julho, foi realizada uma reunião entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e representantes do banco para discutir as pendências relacionadas à migração para os planos de assistência médica e previdência complementar.
“Após anos de reivindicações os bancários dos bancos incorporados poderão finalmente migrar para a Cassi e a Previ, mas a proposta apresentada ainda não atende a todas as demandas dos egressos. É necessário avançar em algumas questões, como a garantia do pós-laboral com a contribuição do patrocinador. Também é importante que cada funcionário e funcionária esclareça suas dúvidas, e se informe adequadamente sobre as regras e as diferenças envolvidas na migração entre os planos. Continuamos na luta pela isonomia plena entre todos os trabalhadores do Banco do Brasil”, explica Rodrigo Leite, Diretor do SEEB Bragança Paulista e Região e Conselheiro Deliberativo Suplente do Economus.
Migração para a Previ
Durante o encontro, o BB apresentou a possibilidade de migração dos planos de previdência Previ BEP, Economus e Fusesc para a Previ, mantendo os direitos e características atuais. A proposta prevê a migração de todos os planos para a Previ, com a possibilidade de que, em seguida, os funcionários da ativa possam optar pela migração para o Previ Futuro.
A Comissão de Empresa avaliou que a proposta representa um avanço, por permitir ganhos aos trabalhadores, redução de custos para o banco, como copatrocinador, e para as associações, além de contribuir para a otimização da gestão dos recursos previdenciários.
Uma das reivindicações centrais do movimento sindical era a inclusão dos funcionários oriundos de bancos incorporados na parcela 2B da tabela PIP. Até o momento, a única alternativa prevista é que aqueles que migrarem para o Previ Futuro possam pontuar na nova tabela, tornando-se aptos a contribuir para a 2B — a parcela em que o banco contribui na mesma proporção do participante.
No entanto, a efetivação da migração para a Previ dependerá ainda de ajustes técnicos e atuariais, que serão conduzidos com acompanhamento da Comissão de Empresa.
Pós-laboral: luta segue na mesa de custeio da Cassi
No campo da saúde, o banco informou que permitirá a adesão dos funcionários da ativa, oriundos dos bancos incorporados, ao plano da Cassi, após a apresentação da proposta da mesa de custeio da Cassi — espaço onde estão sendo discutidas, entre outras questões, as regras do pós-laboral para novos ingressantes na caixa de assistência.
O estatuto vigente estabelece que os novos participantes do plano de associados só poderão permanecer na Cassi após a aposentadoria como autopatrocinados, ou seja, sem a contribuição do banco.
Luta por isonomia plena continua
O Sindicato e a CEBB reafirmam que a luta por isonomia plena permanece como uma bandeira central para o conjunto das trabalhadoras e trabalhadores do Banco do Brasil.
Os representantes dos trabalhadores exigiram e garantiram a instalação de uma mesa de acompanhamento mensal, com participação da Previ e da Cassi, para monitorar a implementação das mudanças e garantir transparência e participação durante todo o processo. O banco concordou com a proposta.
Com informações do SEEB SP