
Segundo o banco, os ataques nas redes sociais começaram na terça-feira (19). O BB também denunciou autores desses ataques, entre eles o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e o advogado Jeffrey Chiquini, que defende o ex-assessor da Presidência do governo Jair Bolsonaro Filipe Martins. Ambos publicaram postagens, segundo o banco, difamatórias e contra a soberania nacional. Também há um vídeo feito por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no dia 20, em que o deputado federal afirma que “o Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que o levará à falência”.
Empregos ameaçados
“Não há como defender a soberania nacional, sem defender o BB. Temos, infelizmente, uma extrema-direita organizada, que elegeu parlamentares que recorrem a um país estrangeiro para lutar contra os interesses do Brasil, das suas empresas públicas, como o BB, e contra os brasileiros. Uma chantagem criminosa para livrar Jair Bolsonaro de responder na Justiça pelos crimes que lhe são imputados. Estaremos nas ruas e redes para lutar contra mais essa agressão que a extrema-direita comete contra o Brasil e também contra cada funcionário do BB, ameaçando seu emprego, seu local de trabalho, indo para a internet propagar mentiras criminosas contra o banco”, destaca Antonio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB.
Crime contra o Estado
De acordo com a advogada Renata Cabral, sócia do escritório Crivelli Advogados Associados, “esses ataques podem configurar crimes contra o Estado Democrático de Direito, contra a soberania nacional e contra o Sistema Financeiro Nacional, além de representar violação de sigilo bancário e difamação.”
A Lei 7.492/1986, que regula e trata de crimes contra o sistema financeiro nacional, pune com multa e pena de dois a seis anos de reclusão quem divulga informações falsas ou incompletas sobre instituições financeiras. “Por isso, vamos pedir a cassação dos mandatos dos deputados e também a prisão e responsabilização deste advogado que, de forma irresponsável, atentam contra o Sistema Financeiro Nacional, a economia do país, contra os interesses do povo brasileiro e contra a soberania nacional”, disse Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.
Nas ruas e nas redes
Além dos atos em frente às unidades do banco, os bancários convocam todos os brasileiros a irem para as redes sociais para defender o Banco do Brasil. No dia 27, a orientação é que todos façam postagens defendendo o banco, usando a hashtag #BBédoBrasileiros.
fontes FETEC, Contraf e Seeb SP