Comando Nacional garante negociação antes de qualquer alteração com os bancários durante pandemia

29 Apr 2020 217 VISUALIZAÇÕES

No dia em que as negociações em decorrência da pandemia do coronavírus (Covid-19) completam cinquenta dias em busca de preservar a vida dos bancários, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos voltaram a se reunir, por videoconferência.

O tema desta terça-feira (28) foi a garantia da manutenção da mesa de negociação permanente. Os representantes dos bancários cobraram o compromisso dos bancos de não implementar alterações previstas das medidas provisórias 927 e 936, sem negociação prévia com o movimento sindical. Os bancos aceitaram que para qualquer modificação do que está sendo feito agora, será convocada uma nova mesa de negociação.

Com isso, os trabalhadores que estão em casa e não estão no rodizio, nem no teletrabalho, pois suas funções não permitem e ou estão no grupo de risco, só terão alterações neste cenário, depois de negociação. Do mesmo modo, medidas como férias e bancos de horas, também devem ser feitos na mesa geral de negociação.

A Fenaban informou que a maioria das localidades já receberam os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). As que não receberam foi por conta de problemas de logísticas que estão sendo solucionados.

Quanto à organização de filas, a Fenaban disse que a maioria das agências do Brasil não sofrem com este problema. E que os bancos estão estudando uma forma de atuação nas demais que sofrem com a aglomeração de pessoas nas suas portas. De acordo com ele, o problema de falta de informação continua sendo o maior problema.

O Comando Nacional dos Bancários descartou qualquer negociação neste momento sobre o retorno dos bancários ao trabalho físico. “Já está comprovado, por diversas experiências mundo afora, que não adianta nada voltar antes da curva de contágio começar a cair. Infelizmente, ainda estamos longe disso. O momento é de pensar na saúde e na vida dos bancários que precisam trabalhar para atender a população”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Cobraram também que seja disponibilizado testes para os trabalhadores em caso de suspeita, seja reembolsando ou providenciando laboratórios e clínicas que possam disponibilizar.

Os representantes dos bancários também voltaram a cobrar a ultratividade dos direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que vence em ?31 de agosto de 2020. A ideia é que os direitos da categoria sejam mantidos até que haja a assinatura de uma nova CCT, dada a necessidade de suspensão das conferências regionais, estaduais e nacional, além dos congressos e encontros específicos dos trabalhadores de cada banco, para evitar aglomerações e a propagação da doença.

Por fim, Comando cobra e Fenaban concorda que manterá as medidas negociadas e que não haverá retorno sem passar pela mesa de negociação.