Assembléia aprova: 5% com garantia de direitos

29 Aug 2018 56 VISUALIZAÇÕES


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Andréa Ono

Numa conjuntura das mais difíceis, com uma reforma trabalhista que precariza empregos e ataca a organização dos trabalhadores, os bancários mostraram mais uma vez sua força, aprovando em assembléia neste dia 29 uma proposta que mantém todas as conquistas históricas da categoria e prevê reajuste de 5% em 2018, com aumento real de 1,18%, maior do que a média dos acordos coletivos fechados no primeiro semestre.

O acordo vale por dois anos, já garantindo para 2019 a manutenção de todos os direitos, além da reposição total da inflação (INPC) mais 1% de aumento real para salários e demais verbas.

Foram dez rodadas de negociação em que a Fenaban ou nada apresentava ou apresentava propostas inaceitáveis, com alteração ou exclusão de cláusulas da CCT. Mas a categoria bancária mais uma vez mostrou sua força, tanto na mesa com os bancos quanto nas mobilizações em todo o país. E conseguiu manter conquistas históricas e aumento real maior do que os bancos haviam apresentado anteriormente, além dos direitos específicos nos acordos do BB e da Caixa.

Os bancários aprovaram, por ampla maioria, a proposta em assembleia na quarta 29.

EXEMPLO DE LUTA
O Comando antecipou a Campanha Nacional devido ao fim da ultratividade, princípio que garantia a validade de um acordo até a assinatura de outro.
“Em tempos de golpe e retirada de direitos, que buscam o enfraquecimento da classe trabalhadora, os bancários conseguiram garantir, na mesa de negociação, aumento real maior e todos os direitos da CCT, para toda categoria. A unidade nacional, entre trabalhadores de bancos públicos e privados, sai fortalecida. Uma campanha, num ano difícil, que juntos conseguimos transformar em oportunidade”, afirma Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando.

O principal objetivo era, na mesa única entre bancos públi-cos e privados, garantir todos os direitos e acordos específicos. Além de conseguir isso, superamos muita coisa do desmonte trabalhista.

Havia também o risco de 91 mil hipersuficientes ficarem fora do acordo. Esses trabalhadores estariam vulneráveis ao negociar diretamente com os patrões e poderiam perder até a PLR, de acordo com a lei trabalhista de pós-golpe.

BANCO DO BRASIL E CAIXA FEDERAL

As negociações com o Banco do Brasil e a Caixa Federal também garantiram a manutenção de todas as cláusulas dos acordos específicos, inclusive Saúde Caixa e PLR Social que estavam ameaçados. Serão os únicos empregados do setor público com aumento real e sem retirada de direitos.