Nesta quarta-feira (27), a Contraf-CUT e a Fenaban voltaram a se reunir, em São Paulo, na Mesa Temática de Igualdade de Oportunidades. O principal assunto abordado foi PCD (Pessoas com Deficiência).
O banco apresentou o Programa de Valorização da Adversidade com foco específico nas pessoas com deficiência. Com base nesta apresentação, foram apontados os números do ano de 2008 (I Censo da Diversidade), que corresponde a 1,8%, de 2014 (II Censo da Diversidade), que corresponde a 3,6% e em 2016, o Cadastro, segundo a Febraban, este número passou a ser 4%. Segundo a avaliação da própria Febraban, estes dados representam um avanço na inclusão de PCDs no sistema financeiro.
Os bancos continuam apresentando dados que estão aquém da nossa expectativa. Mesmo com a evolução para 4%, o banco poderia contratar mais pessoas com deficiência, além de dar melhores condições de trabalho com ascensão no ambiente profissional, ressaltou José Roberto, dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de São Paulo e da Fetec/SP.
Após a apresentação, os representantes dos trabalhadores abordaram a questão da contratação, da ascensão profissional e acessibilidade.
Embora a reunião não tenha apresentado um resultado esperado, este canal de negociação já representa um avanço. Colocamos nossas preocupações referente a contratações, acessibilidade e ascensão profissional, disse Neil Emídio, dirigente da Fetec/PR.
Segundo Letícia Farias, dirigente do Sindicatos dos Bancários de Piracicaba, a mesa temática desta quarta-feira foi importante. Nós aprofundamos o debate sobre um tema que vem crescendo cada vez mais na categoria bancária. O banco deve levar em consideração que o deficiente tem uma limitação e não uma incapacidade. A instituição financeira deve dar condições para este trabalhador empenhar bem suas funções, avaliou Letícia.
Esta mesa temática debateu a importância da inclusão cada vez mais das pessoas com deficiência. Este debate não se esgota e ele é recorrente de fundamental interesse de uma parcela significativa de trabalhadores e que vem crescendo. Embora tem tido avanço nos números apresentados pela Febraban referente aos censos, entendemos que é preciso avançar muito mais na inclusão social destes trabalhadores, ressaltou Fabiano Júnior, secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
O dirigente ainda lembrou que as questões como contratação, ascensão profissional e acessibilidade precisam ser melhor aprofundadas e debatidas. Um exemplo disso é que a acessibilidade interna e ergometria devem ocorrer dentro das agências bancarias, concluiu Fabiano.
Próxima reunião
A próxima reunião da Mesa Temática de Igualdade de Oportunidades ocorrerá em novembro deste ano.