2019 foi ano de luta e resistência

20 Dec 2019 54 VISUALIZAÇÕES

Arte: Linton Publio/Seeb-SP

Em breve retrospectiva de 2019, o Sindicato dos Bancários de São Paulo lembra que o ano foi de muitos ataques, mas que a categoria bancária os enfrentou com muita luta e resistência. Relembre.

Bancários não trabalharão aos sábados

A força da categoria conseguiu neutralizar os efeitos nefastos da MP 905 sobre os bancários. Assim, em 10 de dezembro, foi assinado um acordo aditivo entre Comando Nacional dos Bancários e Fenaban que impede o trabalho bancário aos sábados; garante a jornada da categoria bancária – 6 horas, de segunda a sexta –; mantém a cláusula 11 da CCT, que prevê a gratificação de função de 55%; determina que a PLR continue sendo negociada pelos sindicatos da categoria; impede os bancos de contratarem trabalhadores ganhando menos que o piso da categoria; e mantém todas as cláusulas da CCT. Sua vigência é até 31 de dezembro de 2020.

Capitalização não passou
A luta das centrais sindicais junto com trabalhadores e parlamentares da oposição conseguiu barrar algumas medidas da proposta original da reforma da Previdência, que seriam extremamente prejudiciais à população, dentre eles a implantação do sistema de capitalização, pelo qual só iria conseguir se aposentar quem ganhasse o suficiente para poupar durante a vida de trabalho.

Defesa dos bancos públicos
Ao longo de 2019, o Sindicato foi às ruas em defesa das estatais e dos bancos públicos. Foi lançada a Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Soberania Nacional, a qual o Sindicato integra. Dentro dessa luta conseguimos importantes vitórias, como a reeleição da bancária Rita Serrano para o Conselho de Administração da Caixa, onde continuará defendendo os direitos dos empregados e o caráter público e social do banco. Também conquistamos a vitória do “sim” da Cassi, que possibilitará a continuidade da caixa de assistência dos funcionários do Banco do Brasil.

Impedimos outra tentativa de trabalho aos sábados
Antes de enfrentar a MP 905, o Sindicato travou outra batalha para impedir o trabalho bancário aos finais de semana: a MP 881, de abril, revogava a lei 4.178/62, que impede abertura de agências aos sábados, e ainda permitia o trabalho aos domingos e feriados para todas as categorias profissionais. Mas a luta do movimento sindical e de parlamentares da oposição impediu esse ataque aos trabalhadores, e o Senado recuou destes pontos nocivos.

Censo da Diversidade
Na Campanha 2018, os trabalhadores também conquistaram a realização de um novo Censo da Diversidade Bancária, para traçar um perfil da categoria por raça, gênero, orientação sexual e PCDs (pessoas com deficiência). O questionário ficou disponível até final de novembro. Agora os dados estão sendo analisados e serão divulgados em 2020.

O Censo é importante porque com ele conseguimos mapear a categoria para implementar ações visando a igualdade de oportunidades nos bancos.

Aumento real em 2019
A Campanha de 2018 foi vitoriosa mesmo em conjuntura adversa resultante da reforma trabalhista. A categoria bancária, organizada em seus sindicatos, conseguiu fechar um acordo de dois anos que manteve todos os direitos da CCT. Em 2019, o reajuste conquistado para salários e demais verbas (como PLR, VA e VR) foi de 4,31% (INPC mais aumento real de 1%). Além disso, avançou em novas conquistas como o parcelamento do adiantamento das férias e a realização de novo censo da diversidade (leia mais ao lado), para avançar na promoção da igualdade de oportunidades nos bancos para mulheres, negros e PCDs.