Santander

Ato reúne trabalhadores ativos e aposentados em defesa do Banesprev e do emprego na Torre do Santander, em São Paulo

09 Feb 2017 54 VISUALIZAÇÕES

Contra as reformas estatutárias do Banesprev, a Contraf-CUT, associações de banespianos, sindicatos e federações se reuniram nesta quarta-feira (8), na Torre do Santander, em São Paulo, e realizaram um ato de protesto à proposta do Santander, que entre outros pontos pretende extinguir a assembleia dos participantes e a sétima vaga do Conselho Deliberativo, de Diretor Representante dos Empregados (Direp). Mais de 400 bancários e bancárias participaram do ato em reivindicação a proposta indecente do banco.

“O ato foi uma demonstração de força, que contou com a participação da Afubesp – Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp –, de dirigentes sindicais e da COE – Comissão de Organização dos Empregados do Santander de várias regiões do país. A manifestação também foi intensificada pela luta dos ex-banespianos contra a drástica proposta de alteração nos regulamentos, que inclusive pode levar à sua dissolução unilateralmente pelo banco. Não podemos permitir nenhum direito a menos”, ressaltou Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT e representante da Confederação na COE do Santander.

Os trabalhadores mostraram neste dia 8 de fevereiro forte resistência contra a lista de retrocessos que o Santander quer impor, com a perda de vários direitos. A situação é tão grave que caso as mudanças sejam referendadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o plano pode até ser extinguido, sem a deliberação em assembleia. Se depender da unidade e da luta da categoria o fundo de pensão não será extinto.

Outra reivindicação dos manifestantes foi sobre o fim das demissões no Santander. O Brasil é o país onde o grupo espanhol mais lucrou em 2016, mas o banco segue com cortes desenfreados dos postos de trabalho. Em 2016, o banco lucrou R$ 7,3 bilhões, com crescimento de 10,8% em relação a 2015. O resultado coloca as operações brasileiras na liderança global do grupo espanhol, com 21% de participação no lucro mundial do banco. Apesar disso, o banco encerrou o ano de 2016 com 47.254 empregados, uma redução de 2.770 postos de trabalho em relação a 2015. Foram fechadas 8 agências nesse período, enquanto o número de clientes cresceu em 1,9 milhão.

Troca do plano de saúde sem consultar trabalhadores 

O Ato na Torre do Santander ainda chamou a atenção para a troca do plano de saúde de boa parte dos funcionários, efetuada pelo banco, sem informação prévia aos sindicatos, nem consulta aos trabalhadores, que foram pegos de surpresa. Os protestos também tomaram corpo contra o programa de aplicação de notas do banco, em relação ao trabalho desempenhado, que tem prejudicado a ascensão dentro do Santander e aumentado a pressão no ambiente de trabalho.

Clique aqui para visualizar o Jornal dos Trabalhadores do Santander que foi distribuído no ato.