Bancários e concursados cobram contratações no Banco do Brasil

22 Apr 2016 51 VISUALIZAÇÕES

Em 2015, o Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 14,4 bilhões, crescimento de 28% em relação a 2014. Mesmo com este resultado, extinguiu 2.437 postos de trabalho e fechou 95 agências. Diante do aumento da sobrecarga de trabalho, o que massacra o bancário prejudica o atendimento à população, os funcionários do BB, junto com o Sindicato, realizaram um ato na quarta-feira 20, na Superintendência Paulista, para cobrar mais contratações – inclusive com chamada dos aprovados em concurso -, o fim da terceirização e desvios de função; além de mais respeito da direção com trabalhadores e população.

“O maior impacto tem sido nas agências, onde o banco está até retirando mesas para restringir o atendimento. Quando um funcionário falta, os que ficam são sobrecarregados, sendo cada vez mais comum o gerente acumular tarefas de caixa. E, quando é o gerente que falta, um caixa assume suas tarefas. O Sindicato de São Paulo faz um desafio para que o vice-presidente de Distribuição de Varejo e Gestão de Pessoas passe um dia em uma agência para conhecer de perto as condições de trabalho as quais seus funcionários são submetidos”, enfatiza o dirigente do Sindicato de São Paulo e bancário do BB Felipe Garcez.

“A própria pesquisa do BB apontou que clientes e funcionários clamam por mais contratações. Ainda dá tempo do banco convocar os concursados antes do fim do prazo de validade do concurso. Caso não tome essa medida, a piora do atendimento será responsabilidade exclusiva da direção da instituição”, acrescenta o dirigente.

Concursados

Também participaram do protesto pessoas aprovadas em concurso do Banco do Brasil. O processo de seleção tem validade de um ano após a homologação dos aprovados e este prazo pode ser estendido por mais um ano. O 2013/02, com prova aplicada em janeiro de 2014 e já prorrogado, vence em maio deste ano.

“É uma expectativa angustiante. Quando vemos o nome na lista de aprovados criamos expectativa e fazemos planos. Eu estava grávida e, no final da minha licença, resolvi pedir demissão do meu serviço, onde estava havia 10 anos. É um sonho que tive nas mãos que de repente parece escapar”, conta uma das concursadas aprovadas.

“Para a minha região abriram 300 vagas e convocaram apenas 52 pessoas. O que mais me revolta é que eu sei que o banco tem vagas, está precisando. Existem terceirizados fazendo trabalho de escriturário. Isso eu não aceito. Me revolta. Hoje, junto com o Sindicato, exercemos nossa cidadania e demos nosso recado”, diz outro aprovado presente no ato.