Neste 10º dia de greve os bancários da base do Sindicato dos Bancários de Bragança Paulista e Região mantém 97% de mobilização, com trabalhadores de 57 agências de braços cruzados. No 9º dia de paralisação a categoria em 11.439 agências e 42 centros administrativos paralisaram suas atividades.
De acordo com Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, a greve de 2015 pode entrar para a história. “A resposta para a tentativa dos banqueiros de mudar o modelo de negociação que tem dado certo nos últimos anos será respondida com um modelo de paralisação diferente, estratégica”, revelou.
“Nosso objetivo não é só mostrar para a categoria o desrespeito dos patrões. É também mostrar para toda a população que, apesar dos altos lucros e das taxas e dos juros exorbitantes, eles não estão preocupados com seus clientes. Exploração não tem perdão!”, completou.
Comando Nacional reforça necessidade de aumento real
O Comando Nacional dos Bancários se reuniu na tarde desta quarta na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para avaliar os nove dias de greve. O balanço feito pelos dirigentes de todo o Brasil é que o movimento está melhor a cada dia, com apoio dos clientes e da opinião pública em geral.
Os representantes sindicais ainda reafirmaram que os bancários merecem aumento real, por serem responsáveis pelos altos lucros dos bancos. “Nós continuamos mobilizados e na expectativa para que os banqueiros retomem a mesa de negociação com uma postura mais respeitosa. Enquanto isso, a greve continua ganhando força a cada dia”, explicou Roberto, que também é um dos coordenadores do Comando Nacional.
Somente uma greve forte, envolvendo toda a categoria bancária, poderá impor aos Bancos o retorno à mesa de negociação. Dentro desse quadro, de pressão total, os bancários poderão exigir proposta decente. Até o momento os banqueiros não se manifestaram; insistem na proposta rejeitada: reajuste de 5,5%, abaixo da inflação (9,88%), e abono de R$ 2.500,00.