Após vazamento de e-mail expondo de forma humilhante funcionários de agências digitais do Banco do Brasil, o sindicato apurou que a Gestão de Pessoas (Gepes), como é chamado o RH do banco, passou a acompanhar com mais proximidade a implantação desse novo segmento. Mas o que deveria ser motivo de esperança por melhorias nas condições de trabalho, na verdade não está fazendo a menor diferença para os bancários.
A medida seria positiva se realmente houvesse o respeito da Gepes com os trabalhadores, mas o sindicato apurou o pouco caso demonstrado pelo setor quando foi comunicado a respeito da denúncia sobre o e-mail vazado acidentalmente que expôs os colegas, afirma a dirigente sindical e bancária do Banco do Brasil Fernanda Lopes.
Além disso, segundo relatos de bancários, representantes da Gepes alegaram um ótimo relacionamento com o sindicato.
Nós repudiamos essa alegação. Em nenhum momento o sindicato irá compactuar com uma Gestão de Pessoas tão inoperante e ineficaz na defesa dos interesses dos trabalhadores e que prioriza a relação com os gestores, afirma Fernanda, acrescentado que essa não é a primeira vez que a atual gestão é indiferente às demandas dos bancários.
No caso do e-mail vazado, o sindicato apurou que a Gepes conversou somente com os gestores do local de trabalho e com a Ecoa (Equipe de Comunicação e Autodesenvolvimento).
Os bancários expostos não se sentiram acolhidos e os demais colegas não foram consultados ou informados a respeito das atitudes que o banco irá tomar em relação ao vazamento do e-mail. O sentimento é que todos foram expostos, pois uma avaliação tão pesada do gerente-geral foi feita em um departamento que tem apenas cerca dois meses de operação, afirma Fernanda.
Uma gestão de pessoas atuante deveria entender que uma situação grave como essa afeta todo o quadro de funcionários, não apenas os envolvidos diretamente. Essa ausência da Gepes só é minimizada porque o sindicato conseguiu encontrar uma via de negociação direta com a Superintendência do banco, ressalta Fernanda.