Banco do Brasil

BB reestrutura e pune funcionários reduzindo cargos e salários

07 Dec 2016 47 VISUALIZAÇÕES

A Contraf-CUT, através da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB se reuniu com o Banco do Brasil, em Brasília, na última quinta-feira (1º), em mais uma mesa de negociação para ampliar os benefícios e as garantias para os funcionários envolvidos no processo de reestruturação que envolve fechamento de agências, corte de cargos e funções, redução de funcionários e jornada, e um plano de aposentadoria incentivada. Do público alvo de 18 mil funcionários, definido pelo b anco, até dia 05 havia 8.200 adesões.

Como o número de aposentadorias não será suficiente para garantir realocação em todos os locais de trabalho, a Comissão de Empresa propôs ao banco criar um VCP permanente, como verba de caráter pessoal ou nos moldes da verba 226 do plano de funções. Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, o VCP permanente precisa ser criado. “Se o banco tem tanta certeza que vai realocar todo mundo, conforme alega, precisa garantir que ninguém vai perder remuneração enquanto não for realocado”, afirma Wagner.
O banco não deu resposta quanto à extensão do VCP, alegando que o assunto ainda está sob análise, assim como o VCP para os caixas efetivos e substitutos.
A falta de respostas do BB somente aumenta a inseguranças dos funcionários em todo os cantos do país. São milhares de funcionários que tiveram seus cargos reduzidos ou extintos, ainda sem perspectiva de manutenção de suas rendas no mesmo local ou mesmo em cidades próximas.
Governo quer esvaziar o BB e abir espaço para bancos privados – O governo nem a direção do banco querem admitir, mas o que está em andamento é um processo de enxugamento e esvaziamento do BB e do seu papel como banco público. O fechamento de agências e a precarização do atendimento em várias cidades tem como objetivo diminuir a participação do BB no mercado e abrir espaço para os bancos privados.

Embora o presidente do BB fale que o fechamento tem a ver com o modelo digital, quando se vê o perfil das agências que estão sendo fechadas, fica claro que não foi pensando nisto e sim, na diminuição do tamanho do BB.

Quase todas as empresas públicas enfrentam processos de enxugamento, demissão e corte de gastos, comprometendo os serviços, prejudicando os funcionários e a população em geral. A intenção do Governo é clara, de preparar as empresas brasileiras para a privatização. As medidas determinadas pelo Governo também restringem contratações, concursos públicos e redução de salários e benefícios.

A Contraf-CUT e os sindicatos já fizeram manifestações e paralisações e farão novas atividades em todo o país, contra as reestruturações e em defesa dos funcionários do BB. Vamos dialogar com a sociedade para defender as empresas públicas e fortalecer seu papel como agentes do desenvolvimento.