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Bradesco dispensa funcionários mais antigos na Cidade de Deus

26 Jun 2014 86 VISUALIZAÇÕES

A Regional Osasco do Sindicato dos Bancários de São Paulo está recebendo denúncias de demissões nos departamentos da Cidade de Deus e, de acordo com levantamento preliminar, grande quantidade dos desligados são do DCO, Departamento Controle Operacional, em especial bancários aposentados ou próximos da aposentadoria.

“Outros setores estão sendo afetados, mas verificamos que o pessoal do DCO é um dos mais atingidos, principalmente os mais antigos”, afirma a diretora do Sindicato, Sandra Regina Vieira da Silva.

Representantes da entidade entraram em contato com a área de recursos humanos do Bradesco na última sexta-feira (20), mas até agora o banco não se posicionou.

Sobrecarga

“O bancário dedica sua vida, deixa sua família, fica com depressão, doente com tendinite, sem saúde, para, no final, ser demitido?”, questiona a dirigente sindical. Além do fechamento de postos de trabalho, a sobrecarga de serviço para quem fica é outra consequência dos cortes.

“Sem substituição, os bancários que ficam no departamento são sobrecarregados. Com isso, aumenta o assédio moral e são obrigados a fazer hora extra para dar conta do serviço”, relata Sandra, lembrando que funcionários estão trabalhando além da jornada, assinando termos de compensação, com horas para ser tiradas.

“O Sindicato é contra isso. O banco tem de parar com demissões e contratar mais para não sobrecarregar tanto os bancários”, afirma Sandra, que diz que representantes do Bradesco têm negado que haja extrapolação da jornada. “O bancário que está se sentindo pressionado, sofrendo assédio moral, deve entrar em contato com o Sindicato. Sua identidade será preservada”, orienta a dirigente sindical.

O Bradesco teve lucro líquido de R$ 3,47 bilhões no primeiro trimestre de 2014, aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2013, e ao mesmo tempo acabou com 944 empregos, totalizando o fechamento de 3,25 mil postos de trabalho em 12 meses.