Delegados do grupo dois discutiram reivindicações de saúde, segurança e condições de trabalho, as quais foram apontadas pelas conferências regionais e estaduais realizadas em todo o Brasil, antes da 17ª Conferência Nacional, que teve início nesta sexta-feira (31), em São Paulo. O debates sobre saúde neste sábado (1º) envolveram temas como combate ao assédio moral, metas abusivas, reabilitação profissional e acidentes de trabalho.
Os bancários aprovaram a proposta de revogação e de uma nova redação para o artigo 81º da pauta, que trata de reabilitação profissional. De acordo com os delegados, os bancos têm implantado programas de readaptação que não levam em conta as demandas do trabalhador.
“Reabilitação profissional é uma atribuição pública do Estado, tarefa da Previdência, não do banco. Queremos garantir a participação dos bancários neste processo. Também adequar as tarefas para os trabalhadores que estão retornando ao local de trabalho, após o período de afastamento, e acompanhar todo o processo”, explica Walcir Previtale, coordenador da mesa e secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.
Os bancários também discutiram a extensão integral de benefícios para funcionários afastados por problemas de saúde, ampliação da licença maternidade para pais de crianças adotadas, independente da idade, além da redução de jornada para mães que amamentam por um período maior, de 12 meses.
Segurança
O segundo grupo também tratou de segurança. Os bancários querem o fim da revista de funcionários, que ainda é praticada em muitas agências pelo País. Outra reivindicação é a extinção das tarifas bancárias para transferências de dinheiro, as chamadas de DOCs e TEDS. O objetivo é combater o crime de “saidinha bancária”, já que muitas vítimas sacam grande quantias em espécie para evitar as tarifas.
Os delegados da Conferência também pretendem garantir a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários. A abertura e o fechamento remoto das agências é outra reivindicação, assim como a instalação dos biombos nos caixas e melhor atendimento aos bancários e demais vítimas de assaltos.
“Todas as propostas passaram por unanimidade e vão direto para a nossa minuta. O que demonstra uma consonância sobre as reivindicações de segurança entre a base. Foi um debate muito importante”, ressalta Gustavo Machado Tabatinga Júnior, secretário de políticas sindicais da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.