Nesta quinta-feira 23, representantes dos trabalhadores do Bradesco do Estado estiveram reunidos na sede da FETEC-CUT/SP para debater problemas específicos dos funcionários do banco e os impactos do PL 4330 da terceirização.
Ana Tércia Sanches, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, doutoranda pela USP e pesquisadora do Centro de Pesquisa da Faculdade 28 de Agosto, explanou para a Coletivo Estadual do Bradesco sobre a precarização e as más condições de trabalho impostas pela terceirização.
“Existem 26 projetos de leis que defendem a implantação da terceirização no Brasil, o PL4330 é mais um e o mais articulado para aprovação atualmente. A terceirização é uma espécie de Reforma Trabalhista às avessas, este projeto destrói a CLT e os Acordos conquistados por categorias, como por exemplo, a CCT dos bancários. A terceirização favorece a corrupção e promove a privatização do Estado. As empresas que mais terceirizam são as maiores, pois estas não querem administrar trabalhadores”, explicou.
Atualmente, a prática de terceirização já atinge alguns serviços dentro do Bradesco. Segundo estudos dentro do seu sistema de holdings o banco terceiriza e até quarteiriza serviços, promovendo assim uma maior obtenção de lucro, destaca Maria de Lourdes, a Malú, diretora da FETEC-CUT/SP. Na grande mídia o Bradesco preserva a imagem de um banco sólido e comprometido com a responsabilidade social, porém, não é esta a prática que faz parte da rotina diária dos trabalhadores, que reclamam de metas abusivas, assédio moral, falta de perspectivas na carreira, adoecimento devido a sobrecarga de trabalho dentre outros problemas que faz a vida dos bancários muitas vezes virar um inferno, completa a dirigente.
Outro assunto do debate foi a “Pauta Específica de Reivindicações dos Funcionários Bradesco”, onde os presentes pontuaram vários itens importantes, dentre eles, destacaram o Projeto Atendimento que continua prejudicando bancários e clientes.