Banco do Brasil

Contraf-CUT e entidades cobram do BB retorno da mesa de negociação da Cassi

06 Jun 2018 45 VISUALIZAÇÕES

Nesta terça-feira, dia 05 de junho, as Entidades da Mesa de Negociação da Cassi se reuniram com o Banco do Brasil para entregar documentos sobre a proposta apresentada para a Cassi e cobrar do BB a retomada da mesa de negociação, uma vez que o Banco do Brasil anunciou que apresentou proposta diretamente na governança da Cassi sem passar pela mesa das Entidades. A reunião aconteceu nas instalações da GEPES/RJ no prédio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB apontou ao banco a contradição entre o que o banco tem escrito nos seus boletins sobre o processo de não decisão na Cassi e ao mesmo tempo remete a proposta para aquela instância.

A Contraf-CUT entregou ao banco um documento com contrapontos às propostas apresentadas pelo BB, tanto a primeira, quanto a segunda versão. A Confederação é contra a proposta, mesmo a nova versão, uma vez que continua quebrando a solidariedade penalizando os menores salários, aumentando mais a contribuição dos associados, reduzindo a participação proporcional do BB e mudando o modelo de governança quebrando a paridade de gestão, incluindo agentes de mercado externos ao corpo de associados da Cassi.

A Contraf-CUT se reuniu anteriormente à reunião com o BB com as demais entidades da Mesa: CONTEC, ANABB, FAABB e AAFBB para acordar o pedido de retomada das negociações, assim como discutir sobre os documentos apresentados por cada entidade.

A Contraf-CUT informou ainda às entidades que nos dias 7 a 10 de junho acontecerão o Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil e também a Conferência Nacional dos Bancários, onde o tema Cassi será amplamente debatido e uma proposta para negociação será elaborada tendo como subsídios os debates do Congresso dos Funcionários.

O Banco informou que vai levar a proposta de retomar a mesa de negociação para que seja a avaliada junto ao comitê patrocinador, estrutura da direção do BB.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, ao reafirmar a necessidade de retomar a mesa de negociação, os sindicatos ratificam sua posição contrária à proposta do Banco que mais que dobra a contribuição dos associados. “Ao apresentar a proposta diretamente na Cassi o banco prejudica o processo negocial pois joga com o terrorismo com o corpo funcional do BB. É importante esclarecer que nenhuma proposta pode ser implantada sem passar pela votação dos associados e aprovada também dentro da Cassi. Então, cada associado deve cobrar do banco a retomada da Mesa com Entidades de Representação dos Funcionários, bem como pressionar os eleitos na Cassi para que não votem essa proposta como está hoje pois prejudica funcionários da ativa e aposentados”, explicou.

Contraf-CUT repudia ataques de executivo do BB em rede social
Os Representantes da Federações filiadas à Contraf-CUT repudiaram em mesa a atitude do executivo responsável pelas negociações do BB na sua página pessoal do Facebook, com ataques às representações e aos dirigentes sindicais, desqualificando dirigentes por não trabalharem no dia a dia do BB.

“Ao longo de todo o processo de negociação, mesmo nos tempos da ditatura militar, nunca houve um ataque público às representações sindicais, como o publicado pelo representante do Banco na Mesa de Negociação”, afirmou Wagner Nascimento.

O executivo do banco fez uma retratação na rede social e na mesa, contudo, a Contraf-CUT cobrou uma postura mais profissional, uma vez que o cargo de representante do banco é indissociável da pessoa, ainda mais quando pública, sobre um tema tão específico de função exercida, como negociação coletiva e a proposta da Cassi.

Sobre o episódio envolvendo os ataques aos dirigentes sindicais, o coordenador da Comissão de Empresa comenta que é lamentável esse tipo de postura nos dias de hoje e que os cargos que ocupamos exigem mais responsabilidade ao lidar com as redes sociais, inda mais com comentários carregados de preconceitos e desconhecimento sobre a atividade sindical. “Os dirigentes sindicais têm jornadas até maiores que muitos funcionários no dia a dia e conhecem e visitam mais locais de trabalho, além de estarem sempre se atualizando e estudando sobre temas como negociação coletiva, economia, estatística, segurança e automação bancária, saúde e previdência complementar e todos os assuntos que envolvem o contrato de trabalho e a atividade bancária. Todas as funções são importantes dentro do Banco, inclusive quem faz o contraponto às jornadas excessivas, assédio moral e descumprimento de direitos”, completou Wagner.

Wagner Nascimento disse ainda que “é importante agora retomar o processo negocial com serenidade e equilíbrio, uma vez que há expectativas quanto às negociações da Cassi da Campanha Nacional dos Bancários”, finalizou.

Veja aqui o documento entregue pela Contraf-CUT.