Depois de ser cobrado por ter anunciado medidas insuficientes para conter a pandemia de coronavírus entre os trabalhadores, o Banco do Brasil divulgou nesta terça-feira (17) novas orientações para os funcionários. A principal delas atende à demanda do Comando Nacional dos Bancários, que reivindicou o trabalho home-office para todos os funcionários que podem realizar o trabalho de suas casas, principalmente para aqueles que estão enquadrados no grupo de risco.
O banco determinou que funcionários acima dos 60 anos, grávidas, portadores de doenças crônicas, cardiovasculares ou pulmonares, além de pacientes de câncer devem trabalhar prioritariamente em isolamento em casa. Caso o trabalho do bancário destes grupos não seja possível em home-office, ele deverá ser liberado para ficar em casa, à disposição do banco. Também estão dispensados menores aprendizes e estagiários.
Nas cidades onde há transmissão comunitária confirmada pelo Ministério da Saúde (São Paulo e Rio de Janeiro), os funcionários da sala de autoatendimento devem ser retirados da função e cartazes trarão orientação aos clientes. Nestas cidades, também será permitido o abono de uma hora de trabalho por dia, flexibilizando a jornada, além de escalonar os turnos dos funcionários, mantendo as indicações da vigilância epidemiológica.
Como esta crise é nova e muito dinâmica, ainda temos muito a fazer. Precisamos, por exemplo, de uma comunicação mais assertiva com os departamentos, onde há mais concentração de pessoas e a superintendência tem de ter um olhar especial para organizar o atendimento em São Paulo, principal foco do coronavírus no país, ponderou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.
Em caso de problemas oriundos destas mudanças, o bancário deve entrar em contato com o BB e, em caso de não resolução, deve informar a ocorrência ao seu sindicato, finalizou o dirigente.