Em defesa de uma educação pública e de qualidade, a Central Única dos Trabalhadores de São Paulo cria comitês de apoio aos estudantes que lutam contra o fechamento das 94 escolas localizadas em diferentes municípios no estado paulista. Além das unidades fechadas, outras 1.464 unidades serão afetadas pelo projeto do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) de reestruturar o ensino.
Segundo levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), até esta segunda-feira (23), mais de 114 unidades já foram ocupadas por estudantes, professores e movimentos apoiadores da causa.
Os comitês passam a funcionar nas 19 subsedes cutistas localizadas nas regiões do ABC, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Vale do Ribeira. E nas cidades de Araçatuba, Bauru, Campinas, Guarulhos, Itapeva, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Osasco, Ourinhos, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto e Sorocaba.
O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, afirma que a falta de diálogo e a violência policial nas ocupações são uma afronta à sociedade. Apoiamos o movimento liderado pelos estudantes e estamos juntos com esta juventude inconformada com a forma de fazer política, com a truculência de um governo que não dá ouvidos ao povo e, tampouco, respeita os trabalhadores, avalia.
Segundo Izzo, a CUT disponibiliza essa estrutura porque sempre lutou pela educação pública e de qualidade e essa mobilização dos estudantes vai ao encontro desses princípios.
As subsedes cutistas serão solidárias à infraestrutura das ocupações, servindo também como local para doações de alimentos e materiais. O presidente também explica que será dado apoio jurídico e político de sindicatos cutistas. E, ainda, divulgação da luta promovida pelos estudantes nas unidades.