O Dia Internacional de Luta da Mulher foi repleto de manifestações em todo o país. O desejo por uma sociedade igualitária, sem preconceitos e livre de violência contra a mulher levou milhares de mulheres às ruas, neste 8 de março. O movimento marcou o início de uma série de manifestações agendadas para o mês de março com o objetivo de barrar os retrocessos promovidos pelo governo Bolsonaro.
Em São Paulo, a chuva típica da região não as intimidou. Com cartazes, faixas, camisetas, bandeiras, tambores e muita disposição, as mulheres ocuparam a Avenida Paulista e criticaram os governos federal, estadual e municipal e as posturas conservadoras do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. O aumento dos casos de feminícidios e dos ataques aos direitos sociais e trabalhistas também foram expostos durante o ato.
Com o mesmo objetivo, em Brasília, as mulheres saíram em marcha na região central da cidade. A caminhada passou Palácio do Buriti e a Fundação Nacional de Artes (Funarte). Em Salvador, a caminhada seguiu até o Farol da Barra. Em Belo Horizonte, as mulheres também fizeram uma passeata contra o governo. Nos outros estados, as atividades acontecerão nesta segunda (9).
Para a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, é fundamental que todas as mulheres se unam à essa luta. Precisamos lutar contra todos os retrocessos impostos por este governo, que tem como sua política aprofundar as desigualdades e com um discurso conservador quer que a mulher volte à condição de submissa. Por isso, dizemos BASTA para a violência contra a mulher e em defesa dos direitos da democracia e pelo fim dos retrocessos, afirmou.
Os atos realizados neste domingo (8) também exigiram justiça para o crime contra Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro (RJ) em 14 de março de 2018, que se tornou uma inspiração para trabalhadoras que lutam contra injustiças e por democracia. O caso ainda segue em investigação pela polícia, que não chegou a uma conclusão.