O edital do Banco do Brasil para contratação de 30 escriturários, publicado no último dia 27, deixa clara a intenção do banco de sucatear a Cassi. Isto porque o edital não prevê concessão nem de plano de saúde nem odontológico para os novos contratados. Com isto, o BB e o governo não apenas retiram direitos conquistados pelos trabalhadores, como põem em risco a sustentabilidade da Cassi. Pairam dúvidas se as pessoas contratadas entrarão na Cassi. O não acesso vai inviabilizar o plano, observa o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento.
Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), desde 2009, quando os funcionários passaram a ter direito à assistência odontológica, este é o primeiro edital de contratação de funcionários que não inclui a concessão destes direitos. A Contraf-CUT já enviou um ofício ao BB solicitando reunião para discutir o assunto.
Resolução 23
O edital para contratação de 30 escriturários para trabalharem em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulosegue as determinações da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR)., de 18 de janeiro de 2018.
Entre outras coisas, a Resolução 23 prevê que Art. 11. Os editais de processos seletivos para admissão de empregados das empresas estatais federais não deverão prever o oferecimento de benefícios de assistência à saúde.”
A Contraf-CUT e as federações e sindicatos a ela filiados vêm denunciando as armadilhas da Resolução 23 da CGPAR desde sua publicação. Continuaremos nessa luta com ações políticas e jurídicas para derrubar essa e outras resoluções da CGPAR que prejudicam os trabalhadores, afirmou o coordenador da CEBB.