A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais decidiram realizar, no dia 5 de dezembro, uma Greve Nacional em Defesa da Previdência e dos Direitos.
A nova proposta de desmonte da Previdência Social apresentada pelo governo do ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP) e que deve ser votada no dia 6 de dezembro, é mais perversa que a anterior. E, ao contrário da propaganda do governo, não corta privilégios, como as altas aposentadorias dos parlamentares, ataca apenas a classe trabalhadora que terá de trabalhar mais, ganhar menos e, se quiser receber o valor integral da aposentadoria, contribuir durante 40 anos, sem ficar nenhum período desempregado.
Para o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, as propostas do governo ilegítimo servem apenas para aumentar ainda mais a concentração de renda nas mãos da pequena parcela mais rica de nossas populações, enquanto a grande maioria sobrevive em péssimas condições de vida. É por isso que precisamos, juntos, fazer uma grande greve nacional e cruzar os braços contra o desmonte e o ataque à democracia que vêm acontecendo no Brasil, afirmou o presidente da Contraf-CUT.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, acredita que o desmonte da Previdência agrava ainda mais a situação dos trabalhadores que já foram duramente atacados com o desmonte da CLT. A reforma Trabalhista legalizou o bico e muitos trabalhadores perderam os direitos e, em muitos casos, receberão menos do que um salário mínimo. Se já estava quase impossível contribuir para se aposentar, imagine com essa nova proposta de reforma da Previdência, diz Vagner.
O secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, lembra que a reforma Trabalhista pode ficar ainda pior, tendo em vista as mais de 800 emendas apresentadas à MP de Temer que altera a nova lei trabalhista aprovada este ano. Imagine somar a essa tragédia a possibilidade de trabalhar a vida inteira e não se aposentar.
É por isso que a greve nacional deve contar com o apoio, mobilização e participação de todos/as trabalhadores/as. Todo brasileiro independentemente da categoria tem motivo de sobra para cruzar os braços e ir às ruas no dia 5 de dezembro. Todos sofremos com o desmonte da previdência, argumenta Sérgio.
A partir da semana que vem, diz Sérgio, vamos realizar amplas mobilizações nas bases assembleias, atos, debates e outras atividades para alertar, informa e mobilizar a classe trabalhadora do País sobre a importância da participação na greve que é contra a reforma da Previdência Social e pelos direitos.