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Mercantil se mostra irredutível nas negociações da PLR e segue adoecendo funcionários

21 Aug 2024 72 VISUALIZAÇÕES

Nos últimos meses, o Sindicato tem se reunido com o Mercantil para tratar do Programa Próprio de PLR 2024. Entretanto, o banco tem se mostrado inflexível em relação aos questionamentos da entidade e negou a contraproposta feita pelos representantes dos funcionários acerca da meta de lucro anual, que o Sindicato considerou muito alta.

Além disso, funcionárias e funcionários do Mercantil têm enviado diversas denúncias acerca do ambiente de trabalho estressante do banco, com cobrança excessiva de metas e campanhas como “Mar Aberto” e “CP Resolve”, que obrigam os trabalhadores a realizarem panfletagem externa em ruas e avenidas de Belo Horizonte. O Sindicato enviou ofício questionando o banco sobre tal situação, mas o Mercantil negou que tenha ocorrido.

Há, ainda, denúncias de ranqueamento de funcionários, prática expressamente proibida pela cláusula 39 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, e de gerente que dá folga para quem bate as metas, porém, tendo que ser abatida no banco de horas.

Em um dos relatos recebidos pelo Sindicato, uma funcionária do banco afirmou que ela e seus colegas estão se sentindo constantemente cansados e esgotados com a atual gestão do Mercantil. “A cada mês, as metas só aumentam. Estamos sendo sugados pelo banco, que cresce cada vez mais. O lucro está nas alturas, mas as condições de trabalho só pioram”.

“Nas negociações com o banco, temos reivindicado o fim das metas abusivas praticadas contra os trabalhadores, principalmente, em relação às modalidades de prospecção, como o ‘Mar Aberto’, que penaliza os funcionários que não conseguirem cumprir a meta de, ao menos, três novos clientes por mês”, afirmou Vanderci Antônio, diretor do Sindicato BH e coordenador nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COE) BMB.

Segundo Marco Aurélio Alves, coordenador da COE, os representantes dos trabalhadores permanecem abertos ao diálogo e à negociação. “Mas não podemos mais admitir que o banco continue massacrando os funcionários com metas inatingíveis”, destacou.

 

Fonte: Bancários BH