Banco do Brasil

Não à proposta que onera associados e transfere controle da Cassi para o BB

03 Aug 2018 52 VISUALIZAÇÕES

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) tomou conhecimento que a diretoria e o Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência aos Funcionários do Bando do Brasil (Cassi) aprovaram reforma estatutária e revisão do custeio que favorece ao banco e prejudica os associados.

O Conselho da Cassi encaminhou a proposta ao banco para levar à votação dos associados. O que foi aprovado só vale se mais de 50% dos associados votarem e 2/3 dos votantes aprovarem a proposta.

A Cassi não divulgou o que foi aprovado à revelia dos associados, mas a Contraf-CUT teve conhecimento que os pontos principais são os seguintes:

• Cria voto de minerva a favor do banco na Diretoria da Cassi

• Banco pode vetar decisões do conselho deliberativo

• Transfere para os indicados pelo banco grande parte da gestão da atividade-fim da Cassi, reduzindo a representação dos associados

• Aumenta definitivamente a contribuição dos associados para 4%, mantendo as contribuições do banco em 4,5%, quebrando a relação 60×40 entre BB e associados

• Estabelece cobrança por dependente de ativos, com contrapartida do BB

• Estabelece cobrança por dependente de aposentados, sem contrapartida do BB

• Novos funcionários do BB não serão inscritos no atual plano de saúde da Cassi

• Futuros aposentados vão pagar a Cassi sozinhos, sem contribuição patronal

Votaram a favor da proposta os diretores e conselheiros indicados pelo banco, o diretor eleito Luiz Satoru e o conselheiro deliberativo eleito Sérgio Faraco. Foram contrários à proposta o diretor eleito Humberto Almeida e os conselheiros eleitos Karen D’Ávila e Ronaldo Ferreira.

A Contraf-CUT fará campanha contra a aprovação desta proposta porque quebra a solidariedade, onera os associados e reduz as contribuições patronais, transfere o controle da Cassi para o banco, discrimina os aposentados e os novos funcionários, colocando o atual Plano de Associados em extinção. “O banco fugiu da mesa de negociação porque sabia que não aceitaríamos estes absurdos”, avalia Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil. “Para aprovar esta proposta, o banco contou com a ajuda de dois dirigentes eleitos, que traíram seus compromissos com os associados”, completa.