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Processo eleitoral na Funcef restringe direitos dos participantes

09 Feb 2018 70 VISUALIZAÇÕES

Às vésperas da eleição na Funcef, dirigentes sindicais sobem o tom das críticas ao processo eleitoral, que contraria os princípios democráticos. Os principais pontos são a restrição de direitos dos eleitores e a diminuição da participação dos trabalhadores nas decisões do fundo de pensão.

“São três as nossas principais críticas. Todas as decisões tomadas pela atual diretoria são no intuito de cercear a participação dos eleitores na eleição de abril: a demora na divulgação do edital, a retirada de uma vaga dos trabalhadores na comissão eleitoral e a definição da internet como única plataforma de votação”, comenta o dirigente sindical Valter San Martin, conselheiro da Anapar.

Na eleição de abril serão eleitos – para um mandato de quatro anos – três diretores, dois participantes do Conselho Deliberativo e seus suplentes, um participante do Conselho Fiscal e seu respectivo suplente.

Para o dirigente, o primeiro ponto a ser atacado, a demora na divulgação no edital, dá um tempo menor de preparação às chapas concorrentes aos cargos.
Além disso, a Diretoria Executiva da Fundação tirou uma vaga dos trabalhadores na comissão eleitoral e passou para a patrocinadora (a Caixa). Na nova composição, ao invés de três representantes do trabalhadores, serão apenas dois, mesmo número da Caixa – a Funcef terá um representante.

A definição da internet (via site e aplicativo para telefone celular) como única plataforma de votação é outra proposta criticada. No pleito de abril foram extintas as votações por telefone e por meio do sistema corporativo da Caixa, o SISRH.

“Isso desestimula a adesão de mais eleitores. A informatização total do processo restringe demais a participação”, afirma San Martin, lembrando que na eleição passada, cerca de 52% dos eleitores votaram.

Para o dirigente, as mudanças no processo eleitoral da Funcef são reflexos de tempos sombrios do golpe no Brasil. “Há em curso uma tentativa de privatização dos bancos públicos e uma série de retirada de direitos básicos dos trabalhadores por parte de Temer, banqueiros e demais aliados.”