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Santander aprofunda fraude na contratação ao migrar crédito consignado para a SX Tools

02 May 2024 127 VISUALIZAÇÕES

Mais uma vez, e novamente sem nenhuma negociação com o movimento sindical, o Santander aprofunda a fraude na contratação de bancários. O banco espanhol apenas se limitou a comunicar que vai migrar a área de crédito consignado para a empresa SX Tools, do mesmo conglomerado.

Os trabalhadores foram comunicados, na tarde de terça-feira (30), que serão transferidos para a empresa do grupo a partir de quarta-feira (1º). Permanecerão, contudo, lotados no mesmo prédio (Radar), e desempenhando as mesmas funções.

Com a mudança, porém, não serão mais abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) bancária, que contém uma série de direitos como PLR, VA e VR de mais de R$ 1.800 somados, auxílio-creche/babá de R$ 640 e dezenas de outras conquistas.

“Esta transferência representa mais uma fraude na representação sindical, promovida sem nenhuma negociação. É um desrespeito com os bancários que constroem o lucro do banco e, em troca, perderão todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e não serão mais representados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, um dos mais atuantes do país”, denuncia Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

“Seguiremos protestando e defendendo os bancários até que o Santander decida respeitar os trabalhadores e a população do Brasil, país de onde obtém grande parte do seu lucro mundial”, completou Wanessa.

Para a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, o banco espanhol Santander é antissindical e aposta em trabalho indecente. “Não gosta que trabalhadores tenham direitos e afronta com contratações fraudulentas. O banco espanhol tem postura de colonizador e faz no Brasil algo impensável no seu país de origem. Isso precisa acabar. Nós trabalhadores exigimos respeito aos nossos direitos. Basta de contratação fraudulenta!”

 

Fonte: CONTRAF