Logo depois que órgãos de imprensa divulgaram boatos falando da intenção do Governo de demitir milhares de funcionários do BB, o presidente ilegítimo Michel Temer afirma em entrevista que houve um número infindável de contratações no Banco do Brasil e que pretende cortar uma porção de cargos e funções que lá existem e que são absolutamente desnecessários.
Imitando outro ex-presidente de triste memória, que chamou os aposentados de vagabundos, Temer chama todos os funcionários do BB e em particular os comissionados, gerentes e integrantes da gerência média de inúteis e desnecessários. Uma afronta aos funcionários que se esforçam diariamente para fazer o banco crescer e servir à população brasileira.
Se Temer não sabe, se está mal intencionado ou mal assessorado, não custa lembrar a ele uns dados sobre o Banco do Brasil.
O BB tinha, no final de 2015, 63 milhões de clientes, 20% de participação no mercado, 61% de todas as operações de crédito para o agronegócio no Brasil, 21% das operações de crédito do sistema financeiro nacional e R$ 1,4 trilhão de ativos totais. É disparado o maior banco do Brasil.
O BB tinha 120 mil funcionários em 1995. FHC demitiu e cortou 41 mil, reduzindo a 79 mil em 2002. Em 2015, o BB chegou a 110 mil funcionários. Neste período os clientes aumentaram de 15,4 milhões em 2002 para 63 milhões em 2015. Com o trabalho dos desnecessários, o BB quadruplicou sua base de clientes.
Em 1995 o BB tinha 14,7% das operações de crédito brasileiras. Após 8 anos de ataques do governo FHC, o banco terminou 2002 com 15,1% do mercado. De 2003 a 2015 o banco voltou a crescer e chegou a 20,6% das operações em 2015, nos anos Lula e Dilma.
De 1995 a 2002 o BB acumulou um prejuízo de R$ 5,4 bilhões, fruto da política de desvalorização da empresa e de seus trabalhadores feita por FHC. De 2003 a 2015, o banco e seus funcionários foram valorizados e o lucro acumulado foi de R$ 117 bilhões, resultado em dividendos e retorno para o Governo e a sociedade brasileira.
Estes números comprovam que o banco cresce e se fortalece quando seu controlador, o Governo, trabalha a favor dele. Temer precisa aprender que os 110 mil funcionários do BB são valorosos, dedicados, competentes e precisam ser valorizados. Atacar os funcionários é atacar o banco.
As entidades sindicais não vão admitir ataques como estes, que têm a clara intenção de enfraquecer o banco, destruir sua imagem e desvalorizar os trabalhadores. Temer quer, com isso, reduzir a participação do BB no mercado e abrir espaço para os bancos privados ou, então, preparar o BB para a privatização.
Se for esta a sua intenção, estamos preparados para defender o BB como empresa pública e exigir respeito para com o funcionalismo.