Bradesco

Lucro do Bradesco se contrapõe a demissões no primeiro semestre do ano

06 Aug 2015 67 VISUALIZAÇÕES

A Bradesco anunciou lucro líquido de R$ 8,778 bilhões, no primeiro semestre de 2015, um crescimento de 20,6% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O número vai de encontro com o balanço das demissões no mesmo período. O número de empregados na holding em 30 de junho de 2015 foi de 93.902, o que representa um corte de 5.125 postos de trabalho, queda de 5,2% no quadro de funcionários, em doze meses. Uma parte da explicação, segundo o relatório do Banco, está no fato de que em novembro de 2014, ocorreu a transferência de 2.431 funcionários da Scopus Tecnologia para a IBM Brasil, que foi vendida.
Foram fechadas 52 agências e 34 PA’s em doze meses, contudo, foram abertas 1.856 unidades do correspondente bancário Bradesco Expresso.

Em relação apenas ao segundo trimestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 4,473 bilhões, com alta de 5,4% em relação ao trimestre anterior. O retorno anual sobre o Patrimônio Líquido médio foi de 21,9% e registrou crescimento de 1,2 pontos percentuais em doze meses.

As operações de crédito cresceram 6,5% em doze meses, mantendo-se estável no trimestre num montante de R$ 463,4 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 6,2% em relação a março de 2014, chegando a R$ 143,5 bilhões, enquanto as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 320,0 bilhões, com elevação de 6,2% em doze meses, mas apresentando queda de 0,4% no trimestre.

O índice de inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,7% com alta de apenas 0,2 pontos percentuais no período. Mesmo assim, o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 15,7% que atingiram, aproximadamente, R$ 8,0 bilhões.

O crescimento do resultado com títulos e valores mobiliários (TVM) foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic e dos índices de preços, com alta de 44,8% em doze meses, perfazendo um total de R$ 20,1 bilhões.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 13,4% em doze meses, totalizando R$ 11,8 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram apenas 5,0%, chegando a R$ 7,1 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 167,2% no 1º semestre de 2015 (12,3 pontos percentuais a mais que em junho de 2014).