Tratamento igual para as denúncias de assédio moral feitas pelos sindicatos e para as que forem encaminhadas por funcionários. Essa é a reivindicação apresentada pela Contraf-CUT no grupo de trabalho bipartite que avaliou o combate ao assédio moral, em reunião na sede da Fenaban, em São Paulo, nesta sexta-feira (26).
No encontro, a Fenaban apresentou os dados consolidados de 2011 a 2014, quatro anos de vigência do instrumento, previsto na cláusula 56ª da CCT. O que mais chamou atenção é que o número de denúncias feitas pelos funcionários diretamente é cinco vezes maior do que as formuladas pelos sindicatos.
Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contyraf-CUT, explica que atualmente os bancos respondem em cinco dias algumas denúncias feitas por seus funcionários, enquanto demoram mais de um mês para retornar as do sindicatos. “Se eles conseguem responder em até cinco diais aos funcionários, por que para a gente demora 45 dias?”, questiona.
Ele ainda completa. “A nossa avaliação é que o objetivo deles é esvaziar os canais dos sindicatos. Queremos que o prazo de retorno estabelecido na convenção diminua de 45 para cinco. Se ele é um instrumento de prevenção, é bem razoável diminuir esse prazo”. Na apresentação dos números, a Fenaban não esclarece qual tratamento dado a cada um dos dois canais.
O Grupo de Trabalho volta a se reunir em 28 de julho, na sede da Fenaban. Neste encontro, a entidade patronal se comprometeu a repassar os dados consolidados do primeiro semestre de 2015.