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Bancos dizem não para os bancários

30 Aug 2016 43 VISUALIZAÇÕES

Caso a proposta seja rejeitada, já há um indicativo de greve a partir do dia 6 de setembro – Jaílton Garcia – Contraf-CUT

As negociações com a Fenaban nesta terça 30 foram encerradas com índice de reajuste abaixo da inflação, sem proteção aos empregos, sem avanços para igualdade de oportunidades, saúde, segurança. No dia 2, bancários da nossa base fazem assembleia, as 18h. Se não houver nova proposta, podemos parar a partir de 6 de setembro.

O aumento salarial proposto, de 6,5%, representa perda real de 2,8% (de acordo com a inflação de 9,57%). A Fenaban retoma, ainda, política de reajuste rebaixado – que nos anos 1990 trouxe grandes perdas à categoria. O pagamento de uma parcela de R$ 3 mil de abono para os trabalhadores, sempre bom reforçar, não reflete em férias, 13º, FGTS, VA, VR, auxílios, previdência. As regras para a PLR continuariam as mesmas de 2015.

O vale-cultura será extinto a partir de dezembro. A proposta também não traz nada sobre proteção aos empregos, melhores condições de trabalho, mais saúde, segurança, fim da desigualdade entre homens e mulheres, vale-refeição durante a licença-maternidade (leia abaixo).

Bancos dizem NÃO para os bancários!

Auxílio-creche/babá de R$ 880: NÃO! Os bancos querem reajustar somente em 6,5% o valor atual de R$ 337, que iria para R$ 359. O Comando reforçou que as creches públicas não dão conta e que as empresas, por lei, têm de disponilizar ou pagar creche para os filhos dos funcionários.

Vale-cultura: NÃO! Assim, mesmo que o governo federal renove a lei no fim do ano, o Comando teria de voltar a negociar com os bancos para que os bancários mantenham o vale de R$ 50 mensais.

Parcelamento de férias: NÃO! Querem condicionar o parcelamento do valor pago nas férias ao parcelamento dos 30 dias de férias. O Comando não aceita, já que muitos bancários denunciam que não conseguem mais tirar os 30 dias a que têm direito e essa situação só se agravaria.

Fim da desigualdade entre homens e mulheres: NÃO! A Fenaban remeteu novamente à mesa temática o debate de igualdade salarial e de ascensão profissional entre homens e mulheres.

Vale-refeição na licença-maternidade: NÃO! Mesmo que signifique muito pouco para os bancos (que têm subsídio de 40% do valor) e muito para as mães bancárias.

Agência digital: NÃO! A Fenaban afirma que o debate sobre respeito aos empregos e direitos, como jornada e condições de trabalho nessas unidades, deve ser feito banco a banco.

Auxílio-educação em todos os bancos: NÃO! O que mantém o Bradesco como o único dos grandes que não pagam bolsa de estudo aos seus empregados.