Foi com o sentimento de vitória que a bancada da Contraf-CUT saiu da primeira reunião do Grupo de Trabalho de Adoecimento, entre dirigentes de federações e sindicatos e a Fenaban, realizada nesta quinta-feira (25), em São Paulo.
O ponto alto do encontro foi quando a economista do Dieese Regina Camargos apontou, baseada no estudo de saúde do trabalhador (divulgado pela própria entidade patronal), questões que motivam o crescimento do número de doenças nos últimos dez anos.
“Os números mostram que o respeito ao trabalhador tem de ser revisto nos bancos. Não é à toa que o grau de adoecimento nas agências é maior do que nos departamentos e que a incidência de transtornos mentais é superior em cargos de gerência”, explica Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf.
Previtale ainda comemora a decisão conjunta de marcar uma nova reunião, em julho, com uma equipe técnica bipartite. “Nossa esperança é que a gente consiga avançar para diminuir as ocorrências de adoecimento e afastamento nos bancos.”
O grupo de trabalho bipartite tem a função de analisar as causas dos afastamentos dos empregados do ramo financeiro, conforme a Cláusula 62ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Nesta sexta-feira (26), a Contraf-CUT, federações e sindicatos voltam a se reunir com os representantes dos bancos para avaliar o Instrumento de Combate ao Assédio Moral, previsto na cláusula 56ª da CCT.