A CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT realizam nesta terça-feira, 16 de agosto, o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos. A Contraf-CUT também reforça o movimento nacional e conclama suas Federações, Sindicatos, e os bancários e bancárias, para se somar às manifestações e dar uma resposta dura, nas ruas, contra os ataques à classe trabalhadora.
Os trabalhadores e trabalhadoras, independente da sua posição em relação à conjuntura, discordam da retirada de direitos e somam-se ao chamamento da CUT e demais centrais sindicais: “Nenhum direito a menos! É inadmissível que o empresariado nacional, que vem bancando o golpe contra a democracia, agora escolha os trabalhadores para solucionar a crise. Não criamos nenhuma crise e não vamos pagar o pato, afirma o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.
Além de paralisações nos locais de trabalho como bancos e fábricas, de uma, duas horas ou a manhã inteira, haverá atos em frente às sedes das principais federações patronais em todas as capitais do Brasil.
Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro hoje é defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, e impedir que milhares de trabalhadores sejam demitidos.
A ampliação da terceirização que explora, mutila e mata; a flexibilização de direitos trabalhistas e a reforma da Previdência Social são algumas das ameaças que o atual governo está tentando aprovar. Se não houver resistência, luta e muita pressão, podemos ter mais desemprego, o fim da CLT e da política de valorização do salário mínimo, além de aposentadoria só aos 70 anos.
É isso que empresários, como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e da CNI, Robson Andrade – aquele que falou em aumentar a jornada para 80 horas semanais – querem.
Os empresários financiaram o golpe de Estado e agora estão cobrando a conta. Acham que nós é que vamos pagar. Estão enganados. Esse pato não é nosso, diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
Segundo Vagner, o Dia Nacional de Mobilização é um alerta ao governo e aos empresários. Vamos resistir, vamos lutar para impedir o aumento da exploração e a retirada de direitos. A mobilização do dia 16 é um dos passos dessa resistência rumo a uma greve geral.
Para ele, não é possível aceitar qualquer retrocesso nos direitos sociais. Uma das principais ameaças do momento é a tentativa de implantar o negociado sob o legislado. Neste caso, as relações entre empregado e patrão ditam as regras que ficarão acima dos direitos garantidos pela CLT.
Não é porque os sindicatos têm medo de negociação ou são acomodados com a legislação. É porque o empresário brasileiro não avança para ter uma relação de igual para igual, muito pelo contrário. O que acontece hoje é uma campanha mundial contra os sindicatos, argumentou Freitas.
Aceitamos o negociado sob o legislado, desde que seja negociado com o trabalho mais do que está na CLT. Aceitamos desde que seja uma proposta melhor para o trabalhador, nada mais do que isso, conclui o presidente da CUT.
DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO E LUTA POR EMPREGO E GARANTIA DE DIREITOS
Alagoas
8h Ato de protesto na casa das Indústrias de Alagoas
Amapá
12/8 Ao final do III Simpósio Amazônico Sobre Reforma Agrária, Desenvolvimento e Meio Ambiente SARADAM, será feito um ato da CUT por nenhum direito a menos
Bahia
9h Ato em frente à FIEB com todas as centrais
Mato Grosso
17h Ato das centrais sindicais na Praça Ipiranga, no centro de Cuibá
Mato Grosso do Sul
Greve geral contra retirada de direitos
9h Paralisação e ato em Campo Grande.
13h Audiência Pública na Assembléia Legislativa
Pará
8h Concentração com Café da Manhã na Escadinha (Próximo a Estação das Docas).
Às 9h sai em caminhada pela Presidente Vargas, fazendo paradas em frente a bancos e agencia dos correios. Termina com um ato em frente a agencia do INSS de Nazaré.
Paraíba
15h Parque Solon de Lucena Centro João Pessoa
Pernambuco
8h Fetape realizará ato na secretaria de agricultura
17h Ato com a Frente Povo Sem Medo e Conlutas na Praça da Independência, no centro do Recife
Piauí
Ato acontece dia 23, às 8h, na Praça do Marques
Rio de Janeiro
10h Os Bancários vão lançar a campanha salarial e a CUT vai se incorporar na atividade, no Boulevard Olímpico, praça Mauá
Rondônia
Plenária das Mulheres CUTistas do Estado em Ji-Paraná
Rio Grande de Sul
7h Ato estadual unificado em defesa da CLT e da Justiça do Trabalho e contra a Reforma da Previdência, em frente à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), na Avenida Assis Brasil, zona norte de Porto Alegre
Sergipe
Dia 15, às 15h O Ato será antecipado por conta da visita do Ministro da Saúde do Governo Interino em Teresina, em frente ao Hospital Universitário. Com CTB e Conlutas
Santa Catarina
13h Ato em frente à UDESC com todas as centrais
São Paulo
10h Ato em frente à Fiesp