O termo “etarismo”, de acordo com o dicionário Michaelis, quer dizer preconceito, discriminação e intolerância a pessoas mais velhas ou à própria velhice; ageísmo, idadismo. Mesmo as pessoas 60+ tendo a estimativa de triplicar até 2050 no Brasil e possuindo o respaldo do Estatuto do Idoso, quase 86% dessa população afirmam que já sofreram do problema.
Essa discriminação etária pode se mostrar de várias maneiras: tratamento desigual em espaços públicos, ser vítima de comentários ofensivos, tratar a pessoa idosa como se ela não tivesse capacidade de realizar as tarefas do dia a dia, segregação dos mais variados tipos – da inserção nas produções culturais à moda -, negligência e a dificuldade de encontrar emprego. Os pontos foram discutidos no Fórum da Longevidade, realizado no início de outubro em São Paulo.
Já o ambiente corporativo, que desde sempre teve fama de hostil aos idosos, continua cada vez mais fechado a esse segmento. Além da idade, entram nesse crivo o gênero – as mulheres são as mais afetadas -, cor, deficiência física, entre muitos outros fatores e de formas indiretas.
Segundo pesquisa feita em 2023 pela consultoria de recrutamento e inovação Robert Half, 70% das organizações contratam muito pouco ou nenhum profissional com mais de 50 anos, e que esse público representa apenas 5% da força de trabalho das empresas brasileiras.
Discriminar é crime de acordo com o Estatuto do Idoso, e o etarismo aprofunda a pobreza e a saúde física e mental por conta do isolamento social e solidão. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) vê como remédio a conscientização contra esse mal – principalmente nos locais de trabalho. “O trabalho pode ser feito por meio de treinamentos e políticas de não discriminação que abordem a importância de tratar todos os colaboradores com respeito e igualdade. As informações também podem ser incluídas no código de ética da organização”, sugere.
Empresas e funcionários só têm a ganhar com a integração geracional, aproveitando diferentes perspectivas e talentos.
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Fonte: Afubesp, com informações do site Fórum da Longevidade