A segunda reunião do Grupo de Trabalho sobre Descomissionamento entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos e a Caixa aconteceu nesta terça-feira (29) em Brasília. O GT foi criado, após conquista da campanha nacional de 2016, pois o RH 184 versão 33 publicada em julho causou profundo descontentamento entre os empregados. Na reunião, foram discutidos mais especificamente o descomissionamento por “comprometimento de fidúcia” e do “interesse da gestão”.
Os representantes da Caixa informaram que há três formas de descomissionamento motivado que se enquadram no motivo 950: instalação de processo disciplinar (nos termos da AE079), inquérito policial instaurado por ação proposta ou requerida pela Caixa e preenchimento do MO 21182 (modelo de formulário) pela chefia.
Neste último caso, segundo a Caixa, a dispensa de função gratificada é prerrogativa do chefe, que tem uma série de argumentos que pode alegar entre eles falta de compromisso com horário e jornada, tratamento inadequado a cliente e/ou colegas, inadequada execução de orientações recebidas, tratamento inadequado de informações sigilosas, utilização inadequada de material ou patrimônio, execução inadequada ou insuficiente de função comissionada/gratificada, não execução de atividades impactando negativamente na direção e desempenho da unidade e todos representam comprometimento de fidúcia (quebra da confiança), não dando direito ao asseguramento do valor da função por um período e nem a incorporação da remuneração proporcional no caso dos trabalhadores com mais de dez anos de função.
Os representantes dos empregados contestaram o duramente o descomissionamento feito a partir do julgamento das chefias, por ser extremamente subjetivo e não levar em conta a história do empregado dentro da Caixa: É absurdo uma empresa do tamanho da Caixa deixar como prerrogativa de um indivíduo a carreira de diversos empregados que ela como empresa gastou tantos para promover afirma Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa ” Essa gestão na Caixa tem muito a melhorar, hoje uma fotografia, um momento do empregado, prejudica toda uma carreira construída ao logo de sua vida. A direção da Caixa deve garantir que haja um processo que respeite a história das pessoas e o que elas já contribuíram para empresa” complementa o dirigente.
Durante a reunião os representantes dos empregados entregaram as propostas e contribuições levantadas por federações e sindicatos de todo o país para embasar os debates no GT. A Caixa concordou em analisá-las e uma nova reunião do GT está marcada para a próxima terça-feira (6), também em Brasília.